As autoridades da Argentina anunciaram o pagamento de recompensas, que
variam de US$ 100 mil a US$ 300 mil, por informações que ajudem a
capturar 33 pessoas acusadas de violações de direitos humanos durante a
ditadura no país (1976 – 1983). Na semana passada, foi preso Miguel
Angel Chiarello considerado um dos principais fugitivos do regime
ditatorial argentino.
Na relação de chamados repressores, que colaboraram com a ditadura,
estão Juan Miguel Wolk, que conseguiu escapar da prisão domiciliar, Juan
Francisco Del Torchio, Daniel Eduardo Cardozo, Horacio Jorge Paez, Juan
Carlos Coronel e Eduardo Daniel Vic. Todos são acusados de crimes
contra a humanidade.
As buscas envolvem diferentes províncias (estados) da Argentina,
assim como autoridades do Ministério Público e de tribunais de primeira
instância. Na relação de procurados há pelo menos uma mulher Ana Maria
Rosario Grimaldos acusada de sequestrar uma criança durante a ditatura.
Na Argentina, são numerosos os casos de sequestros de crianças e
bebês recém-nascidos, filhos de pessoas contrárias ao regime
autoritário, de quem até hoje não se tem notícia. Um dos movimentos mais
atuantes no país é o liderado pelas Mães e Avós da Praça de Maio – que
representa as mães e avós dessas crianças desaparecidas.
A Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas da Argentina
(cuja sigla em espanhol é Conadep), vinculada ao governo, estima que
cerca de 9 mil pessoas desapareceram durante a ditadura no país. Mas
organizações não governamentais (ONGs) calculam que os números chegam a
30 mil pessoas.
Em geral, de acordo com as autoridades argentinas e as organizações
não governamentais (ONGs), os perfis dos desaparecidos e mortos durante a
ditadura era o seguinte: jovens com menos de 35 anos, operários ou
estudantes, detidos à noite.
Fonte: Jornal O Mossoroense
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